sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Viver é complicado, mas é bom demais!!!

O dia a dia de uma "mãe atípica" não é nada fácil. Hoje penso que a mãe recém chegada ao mundo do autismo, deveria ler bastante sobre o assunto, assistir vídeos de especialistas, conhecer entidades voltadas para o autismo e só após isso começar a expor a outras pessoas até mesmo familiares sobre o diagnóstico da criança, grupos de Whatsapp também devem ser evitados porque é tanta informação que o impacto delas pode dar a falsa impressão de que é a coisa mais complicada do mundo de lidar. Os parentes nessa fase mais atrapalham que ajudam, pois como  é algo que desconhecem emitem muita opinião equivocada, que vão servir mais pra te assustar que pra dar o norte que você precisa nesse momento, por tudo isso, buscar antes de tudo informar-se é o caminho mais seguro pra você entrar no eixo mais rapidamente. Depois de  1 ano de diagnóstico, confesso que realmente não é nada fácil, nenhuma mãe sai da maternidade pronta pro autismo, até pq ele acontece no decorrer da caminhada e assim como surge na construção da caminhada daquele pequeno ser, a mãe também vai sendo moldada a essa nova realidade. E não é questão de ser culpada ou escolhida, castigada ou abençoada. O fato é que você teve um filho que veio com essas características e condições especiais únicas e q vai te exigir apenas o melhor de você. Você estará preparada? Com toda a certeza, não. Mas a vida é um eterno aprendizado, e ser mãe de autista ou de qualquer criança em condições especiais é constantemente entender que o amor que você carrega consigo desde o ventre te faz superar tudo. Há momentos de cansaço, de estresse, de tristeza, de agonia, de medo. Mas que se apagam rapidamente quando você vê a evolução do seu amor, quando ele já consegue te dar um abraço, te retribuir um olhar, um sorriso, um comando... Nossa!!! Viver tudo isso é uma montanha russa de emoções e que bom que estou aqui na terra ainda. Viver é complicado, mas é bom demais!!!

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

AUTISMO: vamos falar de estereotipias?

Balançar as mãos, bater os pés, girar objetos ou o próprio corpo, estalar os dedos, fazer sons repetitivos… são movimentos de autoestimulação ou também chamados de autorregulatórios, muito comuns em pessoas com autismo. São movimentos que pessoas neurotípicas também fazem, mas de forma menos intensa e têm controle sobre eles. Esse comportamento pode ser motivado para buscar sensações, proporcionar bem estar ou simplesmente pela tendência à repetições, que é uma condição do autismo.
Nossa vontade inicial é tentar conter esses movimentos. Pode parecer que, quando a criança está praticando uma estereotipia, está distraída e não conseguirá se concentrar. Porém, esses movimentos são, na maioria das vezes, inofensivos e podem até ser benéficos para a criança. Ao contrário do que parece, a criança fica muito mais concentrada nestes momentos.
Além disso, alguns momentos sozinha praticando estereotipias, podem auxiliar na na organização dos pensamentos da criança ou também quando estiver em uma situação de estresse. Muitos autistas conseguem pensar e se concentrar melhor enquanto fazem estes movimentos.
A estereotipia precisa ser tratada quando prejudica a criança, como quando ela costuma bater a cabeça, por exemplo. Também precisa ser regulada quando a prática compromete as atividades do dia a dia, restringindo seu aprendizado ou também limitando seu desenvolvimento social. Ou seja, precisa de tempo e local definidos, que a criança consiga visualizar o começo e fim. Ela precisa ter controle destes movimentos. Fazer terapia focada na regulagem da estereotipia pode auxiliar a criança a não ser controlada por esses movimentos, ampliando seus interesses, variando a forma de brincar com um mesmo objeto, ou respondendo de formas diferentes a uma mesma pergunta, por exemplo. Os pais podem contribuir neste processo não deixando a criança ociosa, proporcionando atividades prazerosas durante os horários livres do dia. Lembrando que é fundamental fazer esse processo gradativamente, nunca retirar o hábito bruscamente.
Uma prática que pode ajudar a controlar a estereotipia é utilizar cartões com cores (verde-pode / vermelho-não pode). Quando a criança estiver em uma atividade que não possa fazer seus movimentos, mostrar-lhe o cartão vermelho. Permitir em algum momento, mostrando-lhe o cartão verde e, quando for momento de parar, mostrar o cartão vermelho novamente. Essa tática pode ser adotada na escola ou outros lugares em que a criança esteja, para que pratique o auto-controle. Aos poucos, ela aprenderá a regular sozinha, podendo deixar de lado o uso dos cartões.
É importante também minimizar os estímulos que podem gerar estresse na criança. Muitas vezes, os movimentos repetitivos começam quando ela está em uma situação de estresse. Geralmente, os pais conseguem identificar melhor quais as sensações que a incomodam, como barulhos, cheiros, toques, luzes, etc. Nestes casos, eliminar ou reduzir estes estímulos reduzirá, consequentemente, os movimentos de autorregulação.
Outra dica legal é criar um meio de a criança comunicar que precisa de um tempo. Pode ser por imagem, gesto ou verbalmente, mas que o adulto entenda que ela precisa de espaço. Respeitar o espaço e a vontade da criança é fundamental!
Fonte: www.institutopensi.org.br

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

O autista e a quebra de rotina.

Logo que tive o diagnóstico de João e comecei a ler sobre autismo, nunca poderia imaginar o quanto a rotina é importante pra quem está no espectro autista, e isso é algo que só com o tempo que a gente começa a perceber mais nitidamente. Neste domingo sai pra casa de um amigo pra passar o dia, e pensem num dia comprido e complicado. João não se alimentou bem, não conseguia ficar normalmente na casa, toda hora pedia colo. Olhava pra casa, pras pessoas em volta e chorava inconsolável,  parecia assustado e por mais que a pessoa de referência dele que sou eu estivesse perto, abraçando , conversando, o olhar dele só me transmitia medo, angústia e muitas vezes me senti uma estranha pra ele. É uma sensação tão difícil de descrever. É como se eu não passasse a segurança que ele precisa pra se sentir protegido e em paz num ambiente diferente do seu quarto. Confesso que fiquei bem triste, mas não vou me intimidar com isso. Já comprei uma barraquinha pra inserir aqui no quarto dele, ela é bem compacta. Quando sairmos pra uma casa diferente, vou levar junto a alguns brinquedos pra tentar fazer com q ele sinta q levou um pedacinho do quarto. Não sei se vai funcionar, mas tenho q tentar, alguém pode então perguntar : vai ser o tempo todo assim? Claro que não. Mas essa fase não verbal é complexa demais, não tem como tentar resolver conversando pq ele não entende absolutamente nada, e quando eu falo nada, é nada mesmo, agora mesmo ele tá aqui pulando na cama prestes a cair e eu falo sério, zangada pedindo pra ele parar e ele cai na gargalhada. Então haja paciência e criatividade pra tentar não causar tanto sofrimento pra ele e pra mim, todas as vezes que precisarmos quebrar a rotina. Nada no autismo é fácil, mas tudo é possível onde existe amor.

Como saber se é autismo?

No autismo leve, a criança apresenta poucos sintomas, que podem muitas vezes passar despercebidos. Confira detalhes sobre como identificar o autismo leve.

Já no autismo moderado e grave, a quantidade e intensidade dos sintomas se tornam maiores. Os sintomas que podem ser apresentados por qualquer criança autista, incluem: 

1. Dificuldade na interação social

  • Não olhar nos olhos ou evitar não olhar nos olhos mesmo quando alguém fala com ela, estando bem próximo;
  • Risos e gargalhadas inadequadas ou fora de hora, como durante um velório ou uma cerimônia de casamento ou batizado, por exemplo;
  • Não gostar de carinho ou afeto e por isso não se deixa abraçar ou beijar;
  • Dificuldade em relacionar-se com outras crianças e por isso prefere ficar sozinho do que brincar com elas;
  • Repetir sempre as mesmas coisas, brincar sempre com os mesmos brinquedos.

2. Dificuldade de comunicação

  • A criança sabe falar, mas prefere não falar nada e mantém-se calada por horas, mesmo quando fazem perguntas para ela; 
  • A criança refere-se a si mesma com a palavra: você
  • Repete a pergunta que lhe foi feita várias vezes seguidas sem se importar se está chateando os outros;
  • Mantém sempre a mesma expressão no rosto e não entende gestos e expressões faciais dos outros;
  • Não atender quando é chamado pelo nome, como se não estivesse ouvindo nada, apesar de não ser surdo e de não ter nenhum comprometimento auditivo;
  • Olhar com o canto do olho quando sente-se desconfortável;
  • Quando fala a comunicação é monótona e com tom pedante.

    3. Alterações comportamentais

    • Não tem medo de situação perigosas, como atravessar a rua sem olhar para os carros, chegar muito perto dos animais aparentemente perigosos, como cães de grande porte;
    • Ter brincadeiras estranhas, dando funções diferentes aos brinquedos que possui;
    • Brincar com somente uma parte de um brinquedo, como a roda do carrinho, por exemplo, e ficar constamente olhando e mexendo nela;
    • Aparentemente não sente dor e parece que gosta de se machucar ou de machucar os outros de propósito;
    • Leva o braço de outra pessoa para pegar o objeto que ela deseja;
    • Olha sempre na mesma direção como se estivesse parado no tempo;
    • Fica se balançando para frente e para trás por vários minutos ou horas ou torcer as mãos ou os dedos constantemente;
    • Dificuldade a se adaptar a uma nova rotina ficando agitado, podendo se autoagredir ou agredir os outros;
    • Ficar passando a mão em objetos ou ter fixação por água;
    • Ficar extremamente agitado quando está em público ou em ambientes barulhentos.
    Na suspeita destes sintomas é indicada a avaliação pelo neuropediatra ou psiquiatra infantil, que poderá fazer uma avaliação mais minuciosa de cada caso, e confirmar se é autismo ou se pode ser alguma outra doença ou condição psicológica.
  • Fonte: www.tuasaude.com

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Atendendo a comandos.

Quando eu falo que João desenvolveu bem até 1 ano de idade, eu sei exatamente do que estou falando. Nesse vídeo voces poderão perceber que ele atendia a comandos. Ele tinha 9 meses e adorava fazer " bichinho". Vejam:

Um pouco de empatia para melhorar o mundo.


Se não quiser adoecer...

Se não quiser adoecer – “Fale de seus sentimentos”.
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna… Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar,confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia..
Se não quiser adoecer – “Tome decisão”
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.
Se não quiser adoecer – “Busque soluções”
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.
Se não quiser adoecer – “Não viva de aparências”
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso… uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.
Se não quiser adoecer – “Aceite-se”
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos,destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.
Se não quiser adoecer – “Confie”
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.
Se não quiser adoecer – “Não viva sempre triste”
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. “O bom humor nos salva das mãos do doutor”. Alegria é saúde e terapia.


Por Dr. Draúzio Varella